Como será um mundo sem empregos, onde as pessoas terão que prover seu próprio sustento?
O emprego é algo que foi criado pelo ser humano, em especial por empresas multinacionais em busca de lucros rápidos e ganhos financeiros. Assim, implantaram um sistema baseado na troca do tempo e esforço de outros seres humanos por um salário que na maioria das vezes está aquém de suas capacidades e qualificações, visando a produção de resultados e ganhos meramente financeiros para seus dirigentes. Bônus são pagos anualmente para os diretores de tais corporações e repassados como “brindes” em doses fracionadas para seus funcionários mantendo-os na ilusão de que estão sendo recompensados e assim psicologicamente os mantem por anos e anos.
Atividades repetitivas, reuniões incansáveis e em grande parte desnecessárias promovem desmotivação, estafa e em muitos casos desequilíbrios emocionais para seus colaboradores, que não conseguem atender as demandas que em sua maioria, são urgentes. A urgência das demandas são intencionais e visam atingir resultados que favorecem as corporações para trazerem mais e mais dinheiro para os seus “caixas”.
Desenvolvimento humano e criatividade são temas que nunca estão na pauta destas organizações. As capacidades dos funcionários são “niveladas” para atenderem as metas da empresa. Dessa forma, colaboradores passam a trabalhar cada vez mais numa visão de fora para dentro, ou seja, não se desenvolvem para atender as metas, mas se esforçam para cumpri-las, gastam energia excessiva no processo, pois os “ingredientes” motivacionais não estão presentes.
Baixa produção de dopamina, serotonina e endorfinas promovem ao longo do tempo uma desestabilização do sistema nervoso, gerando doenças emocionais, mentais e consequentemente físicas.
Tempo e energia são nossos ativos mais importantes. Onde colocamos nossa atenção, nossa energia será consumida. Por que estamos focando e gastando o nosso tempo com atividades que logo serão substituídas em sua totalidade por robôs?
A consciência cria nossa realidade, tomarmos decisões assertivas é uma premissa. Precisamos apoiar e orientar os jovens para que possam desenvolver suas capacidades individuais o quanto antes. As novas lideranças sinalizam a necessidade de profissionais criativos, felizes, empoderados, saudáveis e que façam da sua profissão, sua missão de vida, proporcionando assim benefícios para todos os envolvidos.
Plano de carreira deve ser algo a ser repensado com urgência pelas organizações, pois requer avaliações mais profundas, onde o desenvolvimento de capacidades, benefícios e remuneração estejam alinhados de fato a metas individuais e consequentemente coletivas. “O que é bom para um pode não ser bom para o outro”. Tudo precisa ser estudado a partir de uma nova visão corporativa que se molda a partir do cenário manifestado em 2020.
Nesse cenário emergiu tudo o que foi “ocultado” durante décadas. Empresas destrutivas, corporações que atuaram como grandes fábricas de produtos prejudiciais ao planeta e que agora estão sendo convidadas a ajustarem está “conta”, por meio do que chamamos programas de desenvolvimento sustentável.
O universo tem suas próprias leis, o papel do ser humano consciente é cumpri-las.
Conscientizarmos de que tudo está conectado e interrelacionado, “emaranhado” como a ciência comprova, por meio da física quântica é algo imprescindível para a criação de um mundo mais saudável onde a colaboração não seja apenas uma teoria, mas que possa emergir da nossa própria natureza.
É necessário rompermos o ciclo vicioso imposto por diversas empresas multinacionais, como DOW, 3M, Procter & Gamble, Starbucks, Dupont, que nos obrigaram a consumir, por décadas, o produto chamado plástico, por exemplo, ele está por toda parte e se tornou uma ameaça para o planeta.
A indústria de petróleo e gás foi a grande responsável por materializar esse produto que era invisível e se tornou visível e prejudicial para a vida do nosso planeta. Todos os seres vivos de todos os reinos, vegetal, animal, mineral e seres humanos foram e continuarão sendo impactados por esse produto, se não houver uma mudança de consciência em relação a sua real necessidade.
A pergunta que fica é, se existia vida saudável antes da materialização desse produto, por que precisamos dele nas nossas vidas? Porque não começarmos a imaginar um mundo sem plástico, com certeza algo novo irá emergir mudando este cenário. Afinal somos cocriadores da nossa realidade.
O gestor quântico, começa a surgir nas organizações, sua visão não se limita ao cargo ou função direcionada para realizar uma tarefa em específico, nem tão pouco a seguir metodologias padronizadas, mas como alguém que pode intervir no processo de forma a romper “padrões” compulsivos e desnecessários criados pelas organizações e que limitam colaboradores de pensarem “fora da caixa”. As reuniões passam a ser orientadas por compartilhamento de experiências, o foco em controle de processos dá lugar a relações criativas e flexíveis sem concentração de força ou poder.
As hierarquias não mais limitam a exposição de ideias e conhecimentos. As capacidades de ver, ser, pensar, sentir, saber, agir e confiar passam a ser valorizadas e essenciais para a construção de novas soluções.
Nesse cenário os ativos concretos das empresas passarão a ser seus conhecimentos e valores. O novo humano começa a mover os negócios para novos modelos baseados no repensar do consumo, na autorresponsabilidade para que se possa pensar na autossutentabilidade, o mundo mudou, porque o ser humano mudou, uma nova consciência coletiva está sendo implantada.
O modelo baseado no ganha-perde, começa a ficar em desuso e o modelo colaborativo ganha força. O empreendedorismo começa a moldar novas formas de obtenção de renda e a criatividade será um grande diferencial desses profissionais no chamado “futuro”.
Será essa uma revolução quântica? Tudo o que não vemos, mas desejamos para vivermos num mundo melhor começará a aparecer diante de nossos olhos. E em pouco tempo, novos mercados emergirão desse cenário.
O ano de 2020 será de fato lembrado como o ano em que o ser humano deixou de ser um mero robô e despertou para ser de fato um novo humano, mais consciente do impacto de seus pensamentos, sentimentos e ações na mudança individual e coletiva.