Por que demoramos tanto tempo para compreendermos que a energia é cocriativa?

Cocriativa porque precisa da nossa conexão, da nossa vontade, da nossa intenção.
A conexão é a alma do negócio. Fazer o que queremos, nem sempre é produtivo e torna-se cansativo. Fazer o necessário, o que tem que ser feito, focando no projeto correto nos leva a um estado de “flow”, ou seja, nos concentramos na experiência e não na atividade em si.
Saimos da “roda do rato”, saímos daquelas atividades em sequência, dos tais cronogramas rígidos que não nos conduzem necessariamente ao resultado, mas a exaustão.
Imagine o resultado e então o caminho começará a se desdobrar.
“A cocriação de projetos não precisa de instrumentos de controle externo, dashboards, e mapas detalhados que normalmente apontam falhas e nos enlouquecem procurando uma agulha num palheiro”.
A cocriação de projetos permanece fluida, quando a energia cocriativa depende do autocontrole interno que direciona a execução da próxima etapa, sem ansiedade nem tédio, navegamos num estado de criatividade e graça que contribui para insights mais poderosos.
Os grandes inventores, como Nikola Tesla, criavam seus inventos a partir da imaginação criadora com foco ativo. O foco é como um laser.
Chegamos numa sensação de que quando faço me desfaço, é mais ou menos como escutar uma música que te eleva ou nadar, dançar, jogar xadrez… Quando estamos nesse estado, o tempo cronológico pouco importa.. e mergulhamos na experiência…
Tudo é um projeto, pois antes que se apresente no mundo real, precisa ser pensado, desenhado na nossa imaginação criadora. O foco determina a velocidade do processo de manifestação na matéria. Quanto mais focamos em algo, mais cresce, é como um “bolo no forno”, porém ele tem um tempo para ficar pronto. Se colocarmos energia em excesso, atrapalhamos o processo, se não observarmos e mudarmos o foco a cada minuto, o bolo jamais ficará pronto.
A física é a ciência que explica o fenômeno, o observador e o observado somos nós.
Agora, como fazer isso? Parece algo abstrato, mas é real, somente estamos mudando o nosso olhar, ao invés de observarmos o projeto de fora para dentro, passamos a observá-lo de dentro para fora… não pense em como irá executá-lo.. mas no que quer de fato executar.
Estabeleça o resultado esperado, o alvo.
Você já viu aquelas pessoas que acendem uma vela para pedirem algo a Deus. Por que fazem isso? Intuitivamente elas colocam luz no processo, para que possam enxergar algo, ou conectar-se a Deus, às vezes funciona porque? Porque focam na chama da vela e pensam no que querem e este é o processo que traz o resultado que queremos para o mundo real.
A “vela” metáfora, te ajuda a estreitar o foco, quando está na sua frente te hipnotiza, com sua luz, sua chama te chama, é inevitável.
Temos que ter em mente que o nosso eu pequeno e grande é um só.
O autoconhecimento ajuda a entender suas crenças que nada mais são do que suas verdades, aquilo que achamos que precisamos fazer de forma rotineira e constante. O que nos ensinaram na escola, na família, no dia-a-dia, mas somos muito maiores do que padrões criados em algum tempo.
Mudar o foco é a chave da cocriação, a saída da “roda do rato” passa por mudar a direção, às vezes é necessário abandoná-la de fato, para que algo novo posso emergir de nós mesmos..
A energia cocriativa depende então da nossa conexão, do conhecimento de nós mesmos, mas tem mais, estamos caminhando para um novo paradigma, um novo mundo dos negócios, onde as partes estão “conectadas” nas redes pela tecnologia apenas e não pelo coração (olho a vida do outro, julgo, faço e desfaço).
Desperdiçamos oportunidades, pois direcionamos a nossa energia cocriativa de forma leviana. A energia mal empregada ao longo do tempo torna-se um obstáculo na concretização de nossos projetos, de nossos sonhos. Os resultados de uma empresa não serão mais medidos pelo seu desempenho financeiro, pois estes não transbordam os nossos clientes, não os fazem comprar mais, não trazem felicidade nem para quem vende, nem para quem compra.
“A conexão da rede não é digital, mas emocional”. O que aparece na nossa tela, está em alinhamento com a sua realidade.
Aqui entra mais um ponto importante da energia cocriativa, a colaboração.
“Acender a luz do outro não apagará a sua”. Precisamos entender que quando o outro está feliz e realizado, estamos no caminho certo, isso é apenas um reflexo.
Todos estamos juntos sempre. Dar e receber é uma lei universal. Quando este equilíbrio está em desequilíbrio percebemos o nosso mundo ofuscado.
Então tirarmos a venda dos olhos é o passo mais importante para mudarmos o rumo de um projeto. Aceitarmos que não adiantará mudar o processo, o método, as pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas é necessário mudar a visão de mundo, o ser precisa olhar através de outra janela..
Quando entendemos que um projeto é único, e que o esforço bem empregado depende do nosso foco no resultado que esperamos alcançar, meio caminho está andado, as pessoas que estiverem em alinhamento com o propósito aparecerão para nos auxiliar e validar o que estamos criando.
Somos cocriadores da nossa realidade, somos cocriadores dos nossos projetos.
Então a energia cocriativa começa a se ajustar em função do resultado e nada poderá te impedir de assertar o alvo. A assertividade está no foco.
Com colaboração de todos os “stakeholders” partimos para um novo modelo de negócios, onde a espiral é criativa, porque tem energia construtiva, ou seja, energia cocritiva.
Você já percebeu quando os concorrentes começam a se aliar, é isso, pois eles entenderam que são mais fortes juntos, pois cada um tem uma parte do quebra-cabeças, nada esta separado. Se não tenho uma peça, nunca serei um todo, ou seja, a espiral construtiva perderá força pois parte da energia despendida não está sendo direcionada para os projetos que querem executar a estratégia do negócio, mas para observar o produto ou serviço do vizinho..
… sabe aquela “torneira que pinga”..assim fazemos sem perceber como nossa energia mal direcionada… uma hora esse pingo se transformará num rio… e estaremos exaustos caminhando no mesmo lugar, a tal “roda do rato”.
Então mudamos nosso mindset e passamos a trabalhar a coprosperidade, o ganha ganha, o outro nos valida o caminho, o outro feliz sempre deverá ser o nosso objetivo final. A alegria cria, cocria, a energia cocritiva depende de intensidade e foco.
Quanto mais alta a vibração, mais próximos estamos da realização. A autorrealização equilibra nossa mente e nosso corpo, produz aquele “coquetelzinho,”.. que nos faz rir à toa.
Mas não para por ai, a dimensão do projeto é dada por nós mesmos, quanto mais pessoas envolvidas focadas mais força para a engrenagem funcionar, os tais lubrificantes da engrenagem são nosso amor, dedicação e muito foco.
A disciplina é importante, mas se ampliarmos nossa visão por um instante entenderemos que há coexistência em tudo isso, pois somos parte do planeta e tudo o que fizermos contribuirá para moldarmos a realidade.
Estarmos mais e mais conscientes, facilita o nosso processo e o processo global, saímos da zona de conforto para um conforto na zona, a nossa zona, é a nossa diversão, nosso desfrutar, nossa alegria.
Tem uma frase do nosso Pequeno Príncipe que diz: …”Quando acabamos a toalete da manhã, começamos a fazer com cuidado a toalete do planeta”..
E aí.. Vamos brincar de cocriar…. !