O mundo passará a exigir uma nova humanidade. Nova, mas nem tanto, pois em todos os quadrantes do globo tal humanidade já existe, em pequena parcela e relativamente atuante.
Dentre algumas das qualidades do seu novo comportamento, estão:
Ativo e autodeterminado: capaz de enfrentar os desafios necessários para a reconstrução do mundo. Deve saber aprender, atuar, reivindicar, escolher e andar com os próprios passos no caminho da espiritualidade. Movimentos extremados talvez estejam com seus dias contados, enquanto se amplia o espaço para a autodeterminação.
Pacífico: Acabar com a violência exige do homem novo a profunda convicção de que é parte de tudo e, como tal, agente e paciente das decisões que vier a tomar. Exige, ainda, a certeza de que o clima de paz e não-competição é necessário para o desabrochar de suas potencialidades, no que tange à sensibilidade e à criatividade. Negociação substituindo as ameaças. Todas as classes sociais sendo educadas com o mesmo espírito de justiça e solidariedade.
Solidário: A solidariedade humana opõe-se ao gosto pelo acúmulo de bens como fonte de poder e prazer de alguns. Estabelecer um teto aos desejos de bens materiais para promover a integração dos mais pobres à sociedade não será algo impossível a esse novo homem, pois sua fonte de maior prazer encontra-se dentro dele próprio.
Autoconsciente: A descoberta de novas fronteiras do psiquismo humano será responsável por mudanças notáveis no comportamento do novo homem. A busca da felicidade, do bem-estar e da paz rumará para seu interior, desde que atendidas suas necessidades básicas de sobrevivência, cuidados com a família, acesso aos elementos de cultura necessários à compreensão do seu meio próximo e terrestre. Teremos um homem voltado para a compreensão da relação mente-corpo, sabedor de que seu campo de energia traduz e determina seu estado de saúde física e mental. Compreenderá o significado do silêncio interior, aquele que permite o fluir da intuição, o aflorar da criatividade e da sensibilidade para o belo; o abrir-se empaticamente para o outro e espiritualmente para o universo.
Intuitivo e dotado de visão holística: A atitude interdisciplinar só medra em equipes despojadas de vaidades, cujos membros não estejam preocupados em afirmar a superioridade do seu saber sobre o dos demais.
Pleno de amor: O homem autoconsciente libera energias construtivas. Experimenta o outro na sua essência e se doa com facilidade. Estar pleno de amor é o fruto do viver sem medos e ansiedades. O amor descarta a competição, o egoísmo, a inveja e suas decorrências. Ao contrário torna-se um estímulo à adesão, à participação, à autodoação dos demais.

“Um homem interiormente bom, muito antes de proferir uma palavra, já atuou salutarmente sobre os seus semelhantes”. Huberto Rohden.

Sensível ao belo e criativo: Valorizar o belo, com ele conviver, saber apreciá-lo e produzi-lo serão exigências de uma nova humanidade. Desenvolvimento da capacidade de observação, apreciação, intuição, ampliação dos sentidos serão fundamentais.
Voltado para o espiritual: Ser espiritualizado, buscar internamente o encontro com a manifestação divina que existe em cada um de nós, proporcionando-nos vida plena, mas é, também, voltarmo-nos para o outro e para as gerações vindouras. Espiritualidade é também, ação, compaixão, é o exercício dos valores humanos como consequência do encontro com a verdade maior. É a relação harmônica com o cosmos, respeitando a natureza e suas leis; é consciência holística.
Livro: Educação para a Nova Era. Uma visão contemporânea para pais e professores.