Vivemos num planeta onde a lei do livre-arbítrio está operando. Isso significa que podemos fazer escolhas, porém nossas escolhas na grande maioria das vezes são baseadas nos nossos interesses pessoais, naquilo que queremos “ter” na nossa vida. Isso vale tanto para questões materiais, como para questões profissionais e pessoais.
Por que atuamos assim?
Porque na maioria das vezes, desconhecemos outra forma de atuação.
Mas, por trás dessa lei existem outras leis mais amplas, mais universais que nos conectam a uma realidade mais completa, e que quando percebermos essa realidade maior, passamos a atuar consequentemente sob essas leis mais amplas. Assim, o livre-arbítrio baseada em escolhas meramente “pessoais” passa a ser percebido como algo de uma visão “distorcida” ou “desconhecida” anteriormente.
O livre-arbítrio existe para que possamos aprender a escolher e assim tomarmos decisões mais assertivas nas nossas vidas, porém a grande maioria das pessoas, fez e faz mau uso dessa lei. O mau uso pode ser percebido, por exemplo, pela relação entre os seres humanos e os recursos naturais do planeta que se tornaram escassos, desequilibrando o ecossistema como um todo.
Quando percebo que minhas decisões (livre-arbítrio) impactam inicialmente no que crio para a minha vida, seja pessoal ou profissional, começo a perceber que terei que assumir a responsabilidade pelas escolhas feitas. Infelizmente em um dado momento escolhemos “errado” porque não temos consciência desse processo.
Quando escolhemos, por exemplo, parcelar compras de “coisas” supérfluas, arcamos com as consequências de termos que “pagá-las”. Assim, nossa energia estará sendo direcionada para algo não prioritário. É claro que tem “coisas” que precisamos, são necessárias para vivermos de forma adequada, porém na maioria das vezes não estamos focados no nosso bem-estar, mas no imediatismo provocado por aquele bem ou por um produto muito bem “embalado” pela “loja de oportunidades”.
Essa atuação inconsciente das “coisas” imediatas sobre nós, nos desvia do caminho principal e “drena” a nossa energia, que imediatamente nos “obrigará” a ganhar mais dinheiro para “pagar” todas aquelas aquisições.
Assim, o livre arbítrio quando experienciado de forma consciente nos permite perceber o supérfluo, eliminá-lo e assim criarmos uma vida mais responsável.
Esse processo começa na nossa mente, que inicialmente precisa se tornar “forte” o suficiente para não ceder ao “supérfluo”. Quando dizemos não vou mais fazer algo que não me faz bem, outra lei começará a operar sobre nós, pois sinalizamos que queremos aprender, queremos evoluir e assim começamos a perceber o que estamos fazendo com nós mesmos. O processo é lento, mas por experiência própria percebi o quanto funciona.
Deixar de “nutrir” o mundo atual, onde a superficialidade e a distração são o “modus operandi” é o primeiro passo.
E o segundo, não menos importante, é desconsiderar informação como conhecimento, “cortando” tudo o que causa embotamento mental:
“Aquela sensação, quando você levanta da cama e sente que sua mente pesa mais do que o seu corpo inteiro”.
Corte o que causa isso, como por exemplo, cursos meramente técnicos, afinal quando você precisar da informação, acesse o “google” e estará lá; notícias que não sabemos se são “fake”, ou não etc. Tudo o que percebe que provém da “bagunça mental” emitida por seres humanos inconscientes, ou seja, àqueles que não melhoram suas vidas, mas querem dar “palpites” na sua.
Agora voltando ao livre-arbítrio, quando começamos a perceber isso e consequentemente começamos a melhorar as nossas escolhas; que envolvem, por exemplo: NÃO trabalhar para uma empresa que DESTRÓI o meio ambiente, NÃO ter amigos que prejudicam pessoas com “vendas” DESONESTAS etc., a nossa energia mudará e começará a ser direcionada para o que de fato precisamos fazer.
E o que de fato precisamos fazer?
Precisamos transformar a nossa visão de mundo, transformando a nós mesmos. Então a lei do livre arbítrio não foi feita para “castigar” ninguém, mas para nos ensinar a fazermos escolhas que irão nos trazer uma vida melhor do que a que sempre tivemos. E de fato, precisamos perceber que estamos melhorando, essa é a nossa real aspiração para continuarmos aprendendo.
Quando essa lei começa a ser aprendida, então a autorresponsabilidade “cairá” no nosso “colo”, afinal não poderemos mais acreditar que decisões “erradas” podem trazer bons resultados e que uma “árvore derrubada é apenas uma árvore derrubada”. Assim, a autorresponsabilidade somente será experienciada na prática quando aprendermos a fazer o uso correto do livre-arbítrio.
Para refletirmos:
A pergunta que fica é:
Como estamos usando o nosso tempo, o nosso livre-arbítrio?
A resposta definirá para onde estamos indo.